Em muitos estudos de mercado, os estratos socioeconômicos com maior poder de compra são geralmente abordados. Esse segmento geralmente esquece uma porcentagem muito alta da população. Aqueles que tendem a esquecer aspectos como a dificuldade de dar respostas profundas, sua capacidade limitada de adquirir muitos produtos e serviços, além da inacessibilidade dos locais onde vivem.
No entanto, a segregação sofrida por esse segmento da população não é um impedimento para seu consumo. As necessidades que eles têm podem não ser tão diversificadas e numerosas, mas não são menos propensas a serem estudadas e resolvidas. Não é menos que algumas marcas se esforçam para alcançar esses consumidores, independentemente do maior obstáculo.
A prática nos ensina que as marcas frequentemente investem quando existem margens que permitem investir em pesquisa. No entanto, às vezes, ao lidar com produtos voltados para um nível médio a baixo, é muito pragmático, simples e muito racional. Isso implica negligenciar a pesquisa nesse grupo populacional.
Fala-se muito em responsabilidade corporativa com a sociedade e, em várias ocasiões, é abordado o apoio a grupos vulneráveis. A maioria desses esforços se concentra em ações de bem-estar. Ultimamente, mais vozes são ouvidas indicando que a população com maiores limitações também busca melhorar suas condições de vida, adquirir melhores mercadorias, produzir seus produtos e serviços e investir seus recursos o máximo possível.
Portanto, as contribuições que a pesquisa de mercado pode fazer da chamada «base da pirâmide de renda» são de grande valor. Há casos de sucesso de empreendedores cuja população-alvo é esse grupo. Um caso emblemático são os microcréditos concedidos pelo Grameen Bank; Esta instituição foi dirigida pelo vencedor do Prêmio Nobel da Paz Muhammad Yunus.
No Brasil, ainda existe uma lacuna entre aqueles que possuem grande parte da riqueza e aqueles que vivem abaixo de um salário básico. Como guilda, é necessário mudar nossa abordagem tradicional e apostar em conhecer todo o espectro do mercado. Mesmo favorecendo os esforços que visam transformar aqueles com menos recursos em um sentido positivo.
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