Cada região do mundo tem suas peculiaridades. O peso do uso de cada metodologia de pesquisa de mercado não é exceção. Assim como cada área geográfica apresenta um avanço socioeconômico diferente, este último influencia as técnicas e métodos que dominam. Conhecê-los nos dá ferramentas para escolher os métodos e técnicas mais adequados para cada região.
Em locais onde o nível de renda é mais baixo, as metodologias analógicas, como entrevistas face a face e sessões de grupo, irão dominar. Enquanto nos meios digitais mais desenvolvidos prevalecem a coleta de dados. A seguir, falaremos sobre a caracterização da Europa, América do Norte e América Latina com base no relatório mais recente do meio ESOMAR intitulado Global Market Research 2019.
Europa. Das três regiões, é aquela em que mais se investe em estudos quantitativos (81%) e aquela em que menos se gasta em análises secundárias (1%). A metodologia que mais pesa no gasto total neste continente é a pesquisa quantitativa online (27%). Esse comportamento é possível graças a regulamentações de privacidade claras e ampla penetração da Internet entre a maior parte da população.
América do Norte. Nessa área, os estudos quantitativos têm um peso maior em comparação com outros tipos de estudos, pois representam 79% do total gasto com pesquisa de mercado em 2019. No entanto, a metodologia com maior percentual de investimento foi também a pesquisa quantitativa em linha com 28%. Porém, a segunda metodologia com maior representatividade de gastos foi a entrevista telefônica (15%). O avanço do uso da internet e o costume de usar o telefone estão direcionando esta região do mundo.
LATAM. Das três regiões, a América Latina é a que menos investe em estudos quantitativos (71%). As análises secundárias (8%) são mais importantes, uma vez que as necessidades de informação que de outra forma seriam mais caras e complexas de cobrir podem ser atendidas por meio desses tipos de fontes. A metodologia mais útil para gastar a participação é a análise do tráfego da web e / ou públicos da mídia tradicional. Deve-se notar que as entrevistas face a face estão intimamente relacionadas a 20% do investimento na região. É claro que nesta região os consumidores ainda preferem os canais tradicionais aos digitais.
Em várias ocasiões, marcas com presença internacional querem poder aplicar a mesma metodologia para a mesma medição em diferentes países. No entanto, em vários casos isso é muito difícil ou mesmo impossível, dadas as diferenças claras entre cada local. É necessário adaptar-se, na medida em que o detalhamento estatístico permite, adequar o estudo aos métodos mais utilizados em cada mercado.
Isso não significa que os pesquisadores de mercado tenham um papel passivo na tarefa de evoluir as formas pelas quais o consumidor é conhecido. Porém, em situações específicas, depende muito do ambiente de cada espaço. Esse fato se tornou mais evidente nos últimos meses, quando a epidemia global nos fez repensar quase tudo que pensávamos saber sobre ela. Resta unir forças com os diferentes atores em cada lugar para superar as lacunas que separam os diferentes segmentos.
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