A Função Das Marcas Próprias

Em um supermercado, os consumidores são expostos a diversos estímulos e a uma ampla gama de opções de produtos oferecidas por diferentes fabricantes. É raro encontrar uma categoria monopolizada por uma única marca. Embora grandes empresas sejam reconhecidas por grandes segmentos da população como dominantes em seus nichos, também é verdade que há um percentual do mix de mercado coberto por marcas próprias.

As marcas livres ou brancas são aquelas que comercializam os pontos de venda para competir com as marcas líderes. Sua principal oferta de valor em vários casos é um preço mais competitivo. Porém, em algumas ocasiões, as marcas próprias conseguem fidelizar as pessoas por motivos como qualidade e tradição; embora esses casos sejam uma exceção.

Nos últimos meses, quando a renda de muitas famílias foi afetada pela pandemia de COVID-19, as marcas próprias desempenharam um papel interessante por serem uma verdadeira alternativa às marcas tradicionais. Muitas pessoas não podem simplesmente parar de comprar leite ou papel higiênico, pois são satisfatórios básicos. Muitas vezes a solução para não interromper o fornecimento desses produtos é recorrer a opções de, talvez, menor qualidade e preço.

Os efeitos dessas mudanças nos hábitos de compra estão em andamento neste momento e representam um estudo de caso em pesquisas de mercado. Nem todos os segmentos de consumidores têm a mesma abordagem para marcas próprias. São múltiplos os fatores que podem impedir o seu consumo assim como outras alternativas para atenuar a diminuição da oferta com marcas de prestígio.

Por exemplo, em alguns cenários a aquisição de produtos sem marca pode ser motivo de sinalização por vizinhos e amigos ao reconhecer nesta prática uma diminuição do status social. Além disso, existem preconceitos em relação a essas marcas ao considerá-las uma opção apenas para casos desesperados. Alguns outros podem encontrar grandes diferenças de sabor e durabilidade em produtos de marca própria.

Em contrapartida, existem alternativas para continuar consumindo produtos de marcas líderes. Para quem tem a possibilidade, é preferível aderir a clubes de preços para adquirir uma lista de compras grossista. Noutros casos, há apresentações menores de produtos de prestígio que, embora não representem habitualmente a melhor relação volume / preço, permitem que o consumo continue a sacrificar a quantidade consumida.

Em qualquer caso, esses comportamentos podem resultar em padrões temporários que, assim que as condições permitirem, serão abandonados para retomar hábitos de consumo anteriores. Outro grupo de pessoas assumirá alguns dos novos hábitos de compra. Isso acabará mudando o mix de mercado de muitas marcas que podem considerar o lançamento de suas marcas secundárias ou a parceria com grandes redes de varejo para fornecê-las com esses produtos genéricos. A estratégia vai depender do contexto local e dos acordos firmados entre marcas e redes de supermercados.

Na Acertiva, temos vários anos de experiência no estudo do segmento de lojas de autoatendimento. A questão das marcas próprias é apenas um dos tópicos a serem entendidos neste segmento. Convidamos você a nos escrever para conhecer suas necessidades. Estamos prontos para colocar nossa experiência ao seu alcance para que você possa planejar melhores campanhas de vendas e comunicação. Você espera? Estamos te esperando.