Devido à pandemia COVID-19, muitas pessoas aumentaram ou iniciaram o consumo de produtos e serviços por meio da Internet. Não é um segredo aberto que muitas marcas usam a segmentação de usuários por meio de pequenos conjuntos ou arquivos de dados pessoais comumente chamados de «cookies». No entanto, nos últimos anos, o uso deste último tem gerado muitas críticas e dúvidas.
Embora os cookies nos ajudem a evitar a necessidade de inserir nosso nome de usuário e senha em muitas páginas da web, também é verdade que eles ajudam muitas empresas a saber mais sobre nós e a concentrar os esforços de comunicação no que realmente importa para nós. Em algumas regiões, seu uso foi regulamentado. Por exemplo, se forem utilizados portais de Internet da União Europeia, tem-se a oportunidade de escolher se os cookies de tracking e marketing estão ativos ou não.
O Google anunciou há alguns meses que os testes para não admitir cookies em seu navegador Chrome (e acredita-se que por extensão aqueles que usam o Chromium como base) são muito avançados. Então, qual é a alternativa? É quando começamos a falar sobre a “Aprendizagem Federada de Coortes”. Também denominado FLoC, traz ao cenário público uma técnica de análise estatística cada vez mais utilizada na área médica.
O estudo de coorte envolve tomar uma grande população e, com base em suas manifestações ou sintomas tangíveis, definir seu futuro comportamento clínico. Nesse tipo de estudo, não é necessário saber a identidade de cada sujeito, pois o que se tenta descobrir são características macrotípicas de uma doença. Portanto, seus usos e aplicações são bastante limitados.
Aparentemente, esta solução protege a privacidade dos usuários online e não afeta o modelo de negócios para a venda de diretrizes comerciais e fornecimento de dados comportamentais para grandes públicos. Porém, nas primeiras análises do uso dessa nova modalidade de conscientização do consumidor, a individualização das mensagens fica pendente. A análise de coorte não possibilita inicialmente saber o suficiente sobre um indivíduo para enviar-lhe mensagens personalizadas. Será este o retorno da publicidade massiva e generalizada? O tempo vai dizer.
A verdade é que leis em áreas tão estratégicas como a União Europeia começaram a ter efeitos globais com iniciativas como o Google e sua campanha de despedida dos cookies. A preocupação com a privacidade continuará a ser um tema que continuará a ser falado não só na utilização de navegadores e na visita de páginas web, mas também em outras áreas do marketing como a pesquisa de mercado, a recolha de dados pessoais para o fins de publicidade e massificação de serviços bancários baseados na nuvem.
Estar atento a essas tendências e investigar essas transformações entre os consumidores latino-americanos permitirá que sua marca antecipe as transformações iminentes que modificarão nossa relação com tudo o que consumimos em nossos smartphones e computadores. Você tem alguma pergunta ou comentário sobre este assunto? Quer saber como pode usar essas tendências a favor da sua marca? Escreva-nos agora e em pouco tempo responderemos com qual pode ser sua próxima história de sucesso.
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