Revisão dos antecedentes da pesquisa de mercado

Todo processo tem uma história no tempo. Hoje se fala muito sobre o presente e o futuro da pesquisa de mercado. No entanto, às vezes é bom parar no caminho e revisar os fatos diante de nós. Isso para evitar repetir o aprendizado já concluído e enfrentar os desafios de amanhã com o melhor ponto de vista. Nesse caso, resumimos a evolução da pesquisa de mercado nas seguintes etapas:

  1. Pré investigação. Até o final do século XIX, comerciantes e produtores não tinham interesse ou oportunidade de ir além das implicações imediatas do processo envolvido no comércio. As decisões dos consumidores foram limitadas ao seu ambiente imediato. No máximo, idéias entre iguais eram compartilhadas de boca em boca e em círculos próximos. É um mercado atualizado e empírico.
  2. Primeira etapa. Nos EUA e no Reino Unido, são feitas as primeiras tentativas de profissionalizar a geração de dados e informações sobre os participantes do mercado. Em 1911, Charles Coolidge Parlin realizou o que é considerado o primeiro estudo de mercado, entrevistando pessoas envolvidas no setor agrícola. Ênfase especial é dada à «produção».
  3. Segunda etapa. Geralmente inclui as décadas dos anos 30 e 40 no período entre a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Além de otimizar os processos de produção, a pesquisa de mercado concentra seus esforços na otimização da distribuição dos bens e serviços oferecidos. São tempos de grande racionalidade por parte dos consumidores e produtores.
  4. Terceira etapa. No final da Segunda Guerra e durante a Guerra Fria, os estudos tiveram como novo foco o consumidor definido como grandes grupos. Chegou a hora de produtos duráveis ​​e publicidade massiva, unidirecional e responsiva. Compreender o processo de compra dos compradores se torna um objetivo fundamental para muitos pesquisadores.
  5. Quarta etapa. Desde o final do século 20, as agências de pesquisa começaram a se envolver cada vez mais em soluções baseadas em ciência da computação e tecnologia aplicada. Embora o consumidor continue sendo o centro da análise, agora é visto como segmentos cada vez mais especializados. Graças ao acesso a enormes bancos de dados, é possível personalizar a experiência de compra em escalas inimagináveis ​​e induzir as decisões dos consumidores como nunca antes.

No entanto, essa lista do desenvolvimento histórico da pesquisa de mercado não é a mesma em todas as regiões e países do mundo. Na América Latina (LATAM), para citar um exemplo, os primeiros empregos e agências em campo começaram a operar a partir da década de 1960. Em termos gerais, pode-se afirmar que há um atraso na adoção das técnicas e inovações atualmente em voga na Europa e na América do Norte, devido aos grandes contrastes econômicos, sociais e culturais típicos da região.

Hoje já se fala de que estamos nos movendo para uma nova etapa em que a segmentação de mercado busca a individualização em ordem. As inteligências artificiais também ameaçam substituir vários trabalhadores manuais, principalmente na coleta de dados em campo. Espera-se que as pequenas e médias empresas no campo sejam substituídas pelos gigantes da computação. Embora o panorama possa parecer avassalador, é certo que a pesquisa de mercado é uma atividade que, longe de ser obsoleta todos os dias, endossa sua utilidade não apenas para marcas e empresas, mas também para órgãos públicos e organizações não-governamentais. Vamos escrever juntos o futuro do nosso setor.